Regras gerais


A codificação das regras gerais de execução (trecho do capítulo As características do SwáSthya Yôga)

“Uma das mais notáveis contribuições históricas da nossa sistematização foi o advento das regras gerais, as quais não são encontradas em nenhum outro tipo de Yôga, a menos que venham a ser incorporadas a partir de agora, por influência do SwáSthya Yôga. Já temos testemunhado exemplos dessa tendência em aulas e textos de vários tipos de Yôga em diferentes países, após o contato com o SwáSthya.

É fácil constatar que as regras e demais características do nosso método não eram conhecidas nem utilizadas anteriormente: basta consultar os livros das várias modalidades de Yôga publicados antes da codificação do SwáSthya. Em nenhum deles, vai ser encontrada referência alguma às regras gerais de execução.

Por outro lado, podemos demonstrar que as regras gerais constituíram apenas uma descoberta, pois sempre estiveram presentes subjacentemente. Tome para exemplo algumas técnicas quaisquer, tais como uma anteflexão (pashchimôttanásana), uma retro­flexão (bhujangásana) e uma lateroflexão (trikônásana), e execute-as de acordo com as regras do SwáSthya Yôga. Depois consulte um livro de qualquer outra modalidade Yôga e faça as mesmas posições seguindo suas extensas descrições para cada técnica. Você vai se surpreender: as execuções serão equivalentes em mais de 90% dos casos. Portanto, existe um padrão de comportamento. Esse padrão foi identificado por nós e sintetizado na forma de regras gerais.

Tal fato passou despercebido a tantas gerações de praticantes do mundo inteiro durante milhares de anos e foi descoberto somente em meados do século passado, da mesma forma como a lei da gravidade passou sem ser registrada pelos grandes arquitetos e físicos da Grécia, Índia, China, Egito e do mundo todo, só vindo a ser descoberta bem recentemente por Newton. Assim como Newton não inventou a gravidade, também não inventamos as regras gerais de execução. Elas sempre estiveram lá, mas ninguém havia notado.

No SwáSthya Yôga, as regras ajudam bastante, simplificando a aprendizagem e acelerando a evolução do praticante. Ao instrutor, além disso, poupa um tempo precioso, habitualmente gasto com descrições e instruções desnecessárias.

As regras (trecho do capítulo As regras gerais)

“Conforme já vimos [no capítulo acima citado], uma das principais características do SwáSthya Yôga são as regras gerais de execução, justamente por constituírem o alicerce da autossuficiência (SwáSthya).

Outros tipos de Yôga não possuem regras gerais. Por isso, precisam despender muitas páginas dos livros ou desperdiçar muito tempo das classes, descrevendo a execução dos ásanas, um por um. Chega a ser tediosa a repetição letárgica que constitui estribilho de alguns ensinantes – “inspire, expire… inspire, expire… inspire, expire…” – ad nauseam, com o quê, muitas horas de instruções acabam sendo subtraídas ao praticante. Com as regras gerais, no lugar da repetição supérflua, pode ser fornecido mais conteúdo ao aluno.

Sem as regras gerais o praticante aprenderá apenas aquilo que seu instrutor lhe ensinar e nada mais. Se o instrutor ensinar dez ásanas e disser como respirar em cada um deles, quanto tempo permanecer, quantas vezes repetir, onde localizar a consciência etc. e, depois disso, instrutor e praticante não puderem mais seguir juntos, o praticante só saberá executar aquelas dez técnicas que lhe foram ensinadas.

Com as regras gerais, nas mesmas circunstâncias, o praticante saberá executar praticamente todos os ásanas e poderá seguir aperfeiçoando-se sempre, mesmo sem ter o instrutor ao seu lado. Por isso, temos discípulos que nunca nos conheceram pessoalmente por residirem em países distantes (mesmo antes da existência das aulas on-line) e, apesar disso, graças às regras gerais, tornaram-se exímios executantes, verdadeiros artistas corporais.

Quando alguém declarar que é instrutor de SwáSthya Yôga e não aplicar as regras gerais ou, até mesmo, ensinar algo que esteja em desacordo com elas, o leitor pode ter a certeza de que das duas, uma: ou não é instrutor formado, ou trata-se de um indiscípulo, um indisciplinado que, embora saiba o certo, arroga-se o direito de adulterar a sistematização da nossa metodologia.

As regras codificadas são:

  1. Regras de respiração coordenada
  2. Regras de permanência no ásana
  3. Regras de repetição
  4. Regras de localização da consciência
  5. Regras de mentalização
  6. Regras de ângulo didático
  7. Regras de compensação
  8. Regra de segurança

O objetivo das regras é facilitar a vida do praticante. Portanto, não se preocupe em decorar regras. Simplesmente, vá lendo e executando ao mesmo tempo, para entendê-las e incorporá-las. Quando a execução for incorporada (in+corpore), as regras serão desnecessárias. As quatro primeiras regras são suficientes para o iniciante. Se achar que deve, deixe as outras quatro para estudar mais tarde.”

Este que você leu acima é parte do capítulo que disserta sobre as regras gerais de execução. Se você quiser ter acesso às cem páginas iniciais do Tratado de Yôga, sem custo, abra diretamente este link:

https://bit.ly/asprimeirascempaginasdotratado