Codificar: reunir numa só obra textos, documentos, extratos oriundos de diversas fontes; coligir, compilar. (Dicionário Houaiss)
Imagine que você ganhou como herança um armário muito antigo (no nosso caso, de cinco mil anos). De tanto admirá-lo, limpá-lo, mexer e remexer nele, acabou encontrando um painel que parecia esconder alguma coisa dentro. Depois de muito tempo, trabalho e esforço para não danificar essa preciosidade, finalmente você consegue abrir. Era uma gaveta esquecida e, por isso mesmo, lacrada pelo tempo. Lá dentro você contempla extasiado um tesouro arqueológico: instrumentos, pergaminhos, sinetes, esculturas! Uma inestimável contribuição cultural!
Os artefatos ainda funcionam, pois os utensílios antigos eram muito fortes, construídos com arte e feitos para durar. Os pergaminhos estão legíveis e contêm ensinamentos importantes sobre a origem e a utilização das ferramentas e dos sinetes, bem como sobre o significado histórico das esculturas. Tudo está intacto sim, mas tremendamente desarrumado, embaralhado e com a poeira dos séculos. Então, você apenas limpa cuidadosamente e arruma a gaveta. Pergaminhos aqui, instrumentos acolá, sinetes à esquerda, esculturas à direita. Depois você fecha de novo a gaveta, agora sempre disponível e organizada.
O que foi que você tirou da gaveta? Nada. O que acrescentou? Nada. O que modificou? Nada. Você apenas organizou, sistematizou, codificou.
Pois foi apenas isso que fizemos. O armário é o Yôga Antigo, cuja herança nos foi deixada pelos sábios ancestrais. A gaveta é um comprimento de onda peculiar no inconsciente coletivo. Os instrumentos são as técnicas. Os pergaminhos são os ensinamentos dos sábios do passado, que nós jamais teríamos a petulância de querer alterar. Isto foi a sistematização do SwáSthya. Por isso, SwáSthya é o nome do tronco do Yôga Antigo, após a codificação.